O primeiro post do blog vai expor um pouco sobre geologia, mais especificamente sobre geologia estrutural. Trata-se apenas de uma introdução. O objetivo, no entanto, é encher este blog de postagens geológicas e temas afins. Divirtam-se!
Deformação é um termo geral que abrange todas as alterações de forma e volume, ou ambos, apresentado pelas rochas.
Mostraremos aqui os possíveis
resultados, a partir de modelos, das rochas que foram submetidas a pressões e
que, portanto, foram deformadas.
Sabendo-se que pressão é igual a
força sobre área (F/A), temos inúmeras unidades de medida, (no SI é N/m²),
podemos afirmar que a pressão exercida por uma pessoa, em pé, em um lago
coberto de gelo será muito maior do que a pressão exercida por essa mesma
pessoa, só que deitada; isto se deve ao aumento da área, já que a força
permanece constante.
Para iniciarmos nossos estudos,
iremos tratar de três tipos de pressão: A pressão
de compressão, de tensão e de cisalhamento.
Pressão de compressão
Na pressão de compressão, temos
forças atuando nas rochas ou camadas de rochas em sentidos convergentes, de
forma a comprimir a rocha. Veja a imagem abaixo:

Na imagem, é possível observar que, para que ocorra um dobramento, é necessário que a crosta se eleve, ou seja, ao dobramento está associado um aumento vertical da crosta terrestre.
Exemplo de dobramento na imagem abaixo:
Exemplo de dobramento na imagem abaixo:
Pressão de Tensão
Ao contrário da pressão de
compressão, na pressão de tensão as forças estão atuando em sentidos
divergentes, de modo a ocasionar o estiramento das camadas de rocha. O
resultado desta pressão é a formação de falhas.
Pressão de Cisalhamento
Por fim, temos a Pressão de
Cisalhamento. Neste caso, a rocha tende a sofrer uma deformação através do
deslocamento ao longo de planos muito próximos entre si. Veja a imagem abaixo:
Sabemos que existem dois tipos de
deformações: deformação
elástica e deformação plástica.
A deformação elástica é reversível, ou seja, quando as pressões são
relaxadas, a rocha retorna ao seu formato original. Apesar de responderem inicialmente, às pressões, de forma elástica, quando distorcidas além de seu
limite elástico, respondem com uma distorção plástica. Assim, ou são dobradas, ou
se comportam como sólidos quebradiços e se fraturam.
Resumindo: As deformações elásticas não resultam em deformações
permanentes, ao passo que as deformações plásticas ficam permanentemente
fraturadas e/ou dobradas.
Para um conhecimento mais abrangente, é necessário expor as variáveis
envolvidas nos processos de deformações de rocha, que resultam em diferentes
tipos de deformação:
- Resistência interna da rocha (lamitos, tais como argilitos e
folhelhos são geralmente mais resistentes (dúcteis) do que os arenitos e os
calcários);
- Tipo de pressão lateral, pressão confinada e temperatura;
- Intervalo de tempo de aplicação da pressão lateral.
Assim, por exemplo, uma pequena pressão aplicada por um longo período
de tempo irá gerar uma deformação plástica, ao passo que uma grande pressão
aplicada rapidamente resultará numa fratura.
Bibliografia: WINCANDER, R. & MONROE, J. S. Fundamentos de Geologia. São Paulo: Cengage Learning, 2009
Bibliografia: WINCANDER, R. & MONROE, J. S. Fundamentos de Geologia. São Paulo: Cengage Learning, 2009
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